Nos últimos dias, "pássaro-azul" sobrevoou o Planeta Pop e trouxe no bico "MEDS", o novo álbum dos PLACEBO. As primeiras audições confirmam o que se esperava: para o bem ou para o mal, os Placebo continuam a soar a eles próprios. Apesar deste ser possivelmente o disco mais electrónico da carreira do trio, as subtilezas electrónicas injectadas nas canções pelo produtor Dimitri Tikovoi acabam por não desvirtuar o som do grupo, cada vez mais sustentado pela carismática e peculiar voz de Brian Molko. "Because I Want You", o single que apresenta o álbum no Reino Unido, é muito provavelmente o tema "mais Placebo" de todo o registo. E também um dos mais fracos. Coincidência?
Pela positiva merecem destaque "Blind" (a fazer-me lembrar os Depeche Mode de "Playing The Angel"), "Space Monkey", "Pierrot the Clow" e a belissima "In The Cold Light Of Morning". Uma audição à queima-roupa revela ainda "One Of A Kind" (sério candidato a single) como um dos temas mais fortes e empolgantes incluídos em "MEDS", no meu entender, o disco menos acessível e mais ousado de toda a discografia do grupo. Um bom regresso.
15 comments:
Podemos ter esperança em um ligeiro aperitivo na próxima sessão electrodomésticos?
Sim, confesso...eu sou uma fã de Placebo, para o bem e para o mal.
Já tenho o disco mas ainda só ouvi o single «Because I Want You» que achei muito fraco. Acho que os Placebo já não devem conseguir alcançar um elevado patamar como em «Without You I'm Nothing», mas estarei cá para ver (ou ouvir...).
Claro que sim. Conta com isso, caro amigo. Também eu sou um admirador do trabalho destes senhores. E, por isso mesmo, fico contente por o álbum não me ter desiludido. Cheers
Eles bem precisam de um refrescamento do som. As tuas palavras são um bom prenúncio.
Abraço!
uma nova de Placebo seria, de facto, um bom digestivo do jantar :)
Errrr, não concordo lá muito... Acho é precisamente o disco menos ousado e mais acessível deles, a electrónica mal se nota e pouco acrescenta, e às primeiras audições as canções parecem-me oscilar entre o mediano e o bom. Por enquanto, as segundas ainda são mais do que as primeiras, mas espero que no próximo álbum não se repitam tanto. Valha-nos a voz do Molko, que salva o disco...6/10, na minha opinião o mais fraco dos Placebo
Amigo Seixalense,
atenção que não escrevi que os Placebo se tinham transformaram nos Depeche Mode ou nos Ladytron. Aliás, para que não existam dúvidas, começo mesmo por esclarecer que os Placebo continuam a soar a eles próprios. Para mim este é o disco "mais electrónico" deles, na medida em que este é aquele que incorpora mais electrónicas, embora o faça de uma forma subtil e sem roubar protagonismo às guitarras. Há disco onde o grupo recorra mais ás electrónicas do que neste "Meds"? Não me parece...
Outra coisa, se reparares bem, há diversos temas neste disco onde as guitarras quase não se fazem ouvir. Parece-me, também aqui, que houve alguma vontade em mudar algo. Por tudo isto o considero mais ousado, tão ousado quanto os Placebo conseguem ser. Não há aqui nenhuma revolução no som ou na estruturas das canções da banda, há apenas uma pequena evolução. Quando digo que "Meds" não é um disco acessível, quero dizer que não é o tipo de disco que entre à primeira no ouvido. Só isso. A mim, pelo menos, não entrou. Não tem aquele tipo de canções orelhudas que nos agarram à primeira. Depois de algumas audições, a coisa muda de figura...
Vou concordar com o Gonçalo, não achei esse disco grande coisa, e a parte eletrônica é menor do que faziam supor a presença de "English Summer Rain" no disco anterior, e principalmente a colaboração de Molko no álbum de Timo Maas.
Já em "Sleeping with Ghosts" eu tinha a desagradável sensação que o Placebo estava gravando o mesmo disco vezes seguidas, mas a presença de grandes canções como a faixa-título e "All Be Yours", além dos hit-singles, me conformava disso.
Já nesse eu não senti isso. Achei apenas dejá-vu e mais nada. Mas você tem razão, o disco cresce um pouco a cada escutada. Quem sabe eu acabe gostando dele...
Essa ilustração é a capa oficial do disco? Se for, acho que o Placebo está se repetindo demais também nesse quesito. Poderia ser tranqüilamente uma capa de algum single de "Sleeping with Ghosts", tal a semelhança de artwork.
Hmmm, não o considero muito mais electrónico do que o anterior, que já tinha aproximações mas geralmente subtis, como aqui. O problema é mesmo o que referes, a estrutura da maioria das canções permanece intacta, e o single é um exemplo flagrante. Esperava algo mais inovador, tendo em conta as colaborações do Molko com Timo Maas ou os Alpinestars.
Também já tenho, vou ouvir hoje.
Não esquecer a colaboração com os Trash Palace, cujo mentor produz o disco.
Mais um regresso em falso.
Depois de assistirmos aos banais regressos dos U2, Coldplay, A-ha, Depeche Mode (sorry Astronauta :-)), Billy Corgan, The Tears (ex Suede) etc , tb agora os Placebo decepcionam.
Discordo de quem diz que o álbum Meds não é acessivel. Simplesmente não presta.É pena.
Bom, vou ouvir o Without you im nothing!
Pois, são opiniões que eu respeito. No entanto, mantenho o que escrevei acerca do disco. Não é, de longe, o melhor disco deles, mas acho que está ao nível do anterior, por exemplo. Mas compreendo que as opiniões aqui se dividam, até porque reconheço que à primeira audição "Meds" possa soar a algo do mesmo...
Abraços
Espero que o disco traga surpresas, pois o single de estreia soa demasiado a passado.
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