Imaginem que os Echo & The Bunnymen, em vez de Ian McCulloch, ou os The Cure, em vez de Robert Smith, tinham sido liderados pela voz de Morten Harket, o vocalista dos A-ha. Estou certo que o resultado de tão improvável união andaria muito próximo daquilo que se pode escutar no homónimo álbum de estreia dos THE MARY ONETTES, banda de origem sueca que, infelizmente, tem passado um pouco ao lado dos melómanos nacionais.
Editado no final de Abril pela LABRADOR, "THE MARY ONETTES" é um verdadeiro deleite para os ouvidos dos mais saudosistas, em particular os adeptos das sonoridades indie-pop-rock que na década de 80 giravam em torno de bandas como os Echo & The Bunnymen, The Cure, The Chameleons, The Sound e New Order.
Apesar de derivativa, a música do quarteto nórdico exibe traços de personalidade que vão para além do simples copismo. E sendo inegável que canções como "LOST", "SLOW", "THE LAUGHTER" ou "THE COMPANION" de imediato nos trazem à memória uma série de referências do passado, também é verdade que, bem vistas as coisas, não há por aà muitas bandas a soar como os THE MARY ONETTES.
Em baixo, deixo-vos com o vÃdeo de "PLEASURE SONGS", o primeiro single retirado do disco. Não é dos melhores temas do álbum, mas também não envergonha. No My Space da banda há mais e melhor para escutar. A sério. Vão por mim. Não deixem que este single vos "engane".
P.S.: Ah, é verdade, o Pitchfork não morreu de amores pelo disco, o que é sempre um bom sinal...
12 comments:
è pá...também não gostei.
Do álbum ou do single? Pessoalmente, acho o single mediano e pouco representativo da sonoridade do resto do álbum.
Com tanto tema bom, não sei que raio lhes deu na cabeça (só pode ter sido obra da editora...) para escolherem este "Pleasure Songs" como single de apresentação.
Bad move...
cheers!
boas Astronauta, porque é que é bom sinal não ter agradado à Pitchfork? eu costumo consultar com regularidade o site deles, e normalmente parecem bastante acertados nas crÃticas..
abraço
Gostei muito da banda (e do texto). Tanto que já te plagiei... :)
olá h. gabriel,
quando digo que é bom sinal quando um disco não agrada à Pitchfork é porque, ao contrário de ti, não aprecio as análises deles. São demasiados "indies"/tacanhos/obtusos para o meu gosto.
Mas é isso mesmo, apenas uma questão de gosto.
André, estás à vontade...
Cheers!
gostei! tem um "picozinho" a psicadelic furs.
Cada vez estou a gostar mais desta banda. Sim, faz lembrar um pouco Psychedelic Furs. E também Jesus & Mary Chain, da fase do Darklands...
Ainda não tenho uma opinião bem formada acerca deste disco, porque ainda não consgui passar da segunda faixa, "Lost", não encontro palavras para a descrever. Pronto, confesso, dei uma espreitadela pelas outras canções e pareceram-me bem interessantes, como por exmplo, "void" e ainda a muito Jesus & Mary Chain "Explosions".
É um disco que vou continuar aouvir..
Acho alguma graça a esses ódios de estimação. Até gosto das crÃticas da/do Pitchfork, apesar de, por vezes, serem demasiado extensasa, mas a minha concordância/discordância varia. Penso que são mais correctos que a imprensa nacional.
Realmente esta faixa faz lembrar os Psychadelic Furs.
E não vos faz lembrar A-HA ?
Olá A. Caeiro,
penso que o primeiro parágrafo do post responde à tua questão:
"Imaginem que os Echo & The Bunnymen, em vez de Ian McCulloch, ou os The Cure, em vez de Robert Smith, tinham sido liderados pela voz de Morten Harket, o vocalista dos A-ha(...)"
Abraços
Pois de facto...
Abraço.
Gosto do album!
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