Os norte-americanos CHROMATICS aterraram no PLANETA POP em Janeiro de 2007 e, desde então, têm sido uma presença constante neste espaço. Reconheço que não perco uma oportunidade para falar da banda de Portland. E, desta vez, até tenho boas razões para o fazer. Numa das minhas recentes deambulações nocturnas pelo YouTube, "tropecei" num vídeo não oficial do tema "I WANT YOUR LOVE". Apesar da sua produção "lo-fi", o teledisco capta na perfeição o ambiente retro e algo melancólico que emana de uma das melhores canções presentes no soberbo "NIGHT DRIVE", o último longa-duração do grupo.
É provável que muitos de vocês já conheçam este vídeo (é impressão minha ou, de repente, toda a gente parece saber tudo sobre os Chromatics?), no entanto, caso ainda não o tenham visto, ele aqui fica:
É provável que muitos de vocês já conheçam este vídeo (é impressão minha ou, de repente, toda a gente parece saber tudo sobre os Chromatics?), no entanto, caso ainda não o tenham visto, ele aqui fica:
6 comments:
Mais uma vez, se estivesse no teu lugar, sentir-me-ia muito orgulhoso de ter "lançado" os Chromatics. Agora, não deixa de ser esquisito: a Radar já insiste no "Night Drive" e toda a gente de repente começou a falar neles. Decididamente, sou um deles, mas a razão é simples: prefiro o "Night Drive" ao "Shinning Violence". Lá para meados de 2007, cada vez que lia as vossas playlists, estava cá sempre deste lado a perguntar-me porque não passavam a "Lady", que é a minha canção favorita do primeiro CD - é um pouco parada, de facto, mas uma graande canção.
Este tema que puseste aí foi um dos que me abriu os ouvidos para o segundo disco. O que mais me surpreendeu acabou por ser a belíssima cover do "Running Up That Hill" que não ouvi na altura que apresentaste...pena.
Cheers...
Olá my_little_bedroom,
mais que tudo, orgulho-me de ter sido nos primeiros a ACREDITAR na banda. Isso sim, deixa-me feliz.
Apresentar bandas novas todos os dias, nos tempos que correm, é fácil. Descobrir bandas novas primeio que todos os outros é ainda mais fácil. Nada disso me interessa. Quando aqui apresento uma banda nova é porque acredito nela e porque sinto que tem qualidade para chegar longe. Muitas delas não chegam a lado nenhum, mas é mesmo assim...Umas vezes acerta-se, outras não.
A mim, acimda de tudo, interessa-me DIVULGAR, chamar a atenção, alertar as pessoas para música que eu acho que vale a pena ser escutada...Agora, confesso que me incomoda um pouco quando ninguém liga a uma banda que aqui é apresentada e três ou quatro meses depois todos falam dela como se fosse a melhor coisa do mundo. Porque será que a maioria das pessoas (mesmo a dos "media") apenas ligam a certas bandas quando estas se transformam numa qualquer espécie de "hype"? Porquê? É para mostrarem que estão em todas e não perderam o comboio? Faz-me muita confusão gente que REAGE em vez de AGIR. E, esse, eu penso que um dos grandes problenmas deste país. Enfim...
Quanto ao "Lady", recordo que foi aposta num dos primeiros Podcats da casa.
Cheers!
Como os Gatos diriam num sketch "Puedo tirar notas?".
Ora nem mais.
E nem precisamos de falar no mercado mais alternativo: basta (tentar) falar sobre os Tokio Hotel e ver o que uns dias a passarem 4 vezes por hora na MTV fizeram. Ninguém dava nada por eles: a prova está em que na Inglaterra, pelo que me dizem, ninguém sabe quem são.
No caso de uma banda não chegar a lado nenhum, é bom também haver os casos dos singles perdidos pelo tempo. São esses singles que, definitivamente, ajudam a assegurar uma presença proactiva no acompanhamento da cena musical de um determinado período de tempo.
Contudo, não vale a pena perder tempo com mais protestos que ninguém quer ouvir. Vale a pena imaginar que somos "todos" muito ricos e preferimos pagar balúrdios para descobrir mínimas partes de países e, por vezes, muitos portugueses não dão um cêntimo para descobrir, por muito menos, a obra de alguém.
Cheers...
Com este post tou-me a lembrar do ataque que te fizeram no blog da radar por causa de Chromatics. Até eu fiquei mesmo *wtf??*
Este assunto é-me sempre algo familiar, visto que em certos aspectos o percurso que eu vou fazendo neste campo tem pólos parecidos com o vosso em termos de filosofias e até de muitas apostas, a tal ponto que não era a primeira vez que falam aqui de algo e eu estou a receber na mesma altura o CD em casa (Division Kent, Hearts of Black Science só para dar exemplos). Temos boas fontes de informação i guess. :p
Tem piada e é sempre fixe ver pessoas dedicadas à questão de apostar e divulgar as bandas, chegando ao ponto de nos tornarmos "chatos" com elas. Há bandas que eu passo quase todas as noites, como I Am X, que já devo ter usado na boa a maior parte das faixas dos dois albuns deles lol.
A questão aqui é que eu não ligo muito a isso de eu, vocês ou outras pessoas terem descoberto primeiro, depois, ou se já andamos a apostar nas coisas há muito tempo, mas sim o que fazemos com elas "nós", e só "nós". E porquê?
Porque é óbvio que muita gente não lê os nossos blogs, não vai às nossas noites e por aí adiante, assim como estes não são "nada" comparados com a exposição que pode ser a Radar e outros meios. Logo é normal que muitas pessoas só nessa altura fiquem naquela do "eh, isto é giro".
E agora temos a tal questão do agir. Há muito boas pessoas que nem imaginam o esforço que pode ser andarmos sempre dentro das novidades, de como arranjar muitos discos, sejam recentes ou mais antigos, ainda mais neste país com a questão da caça às multas. Agora não sei, mas olha que Division Kent, The Main Drag, Chrono Logic e outras, na altura se não me tivessem mandado eles próprios as coisas não sei se as tinha conseguido arranjado em formato físico. E lá está, se cá em Portugal queres divulgar a nível de sessões as coisas, tens de as ter legais para passar bla bla. Enfim...
E claro, há bastantes pessoas que não estão para isso, de falares com bandas, de procurares informar-te, de veres onde podes comprar os discos mais baratos, ou onde os há sequer, e por aí adiante. O que compreendo perfeitamente e respeito. Agora o que me faz confusão é outra coisa.
Sabes quantas pessoas já ouvi dizer n vezes a onda do "ah, aquele sitio tal está sempre assim e assado, passam sempre as mesmas musicas e mesmo tipo de som bla bla bla"?
Eu respeito também quem tem os sítios e faz noites desse género, há lugar para todos na minha opinião...mas... A maior parte dessas pessoas que se queixam dos sítios (e incógnito é um dos vários em relação a certas noites), quando chega a hora de terem oportunidade de fazer algo, quando têm uma noite de som a cargo delas que é que acontece? Fazem exactamente sessões semelhantes/iguais ao que estão sempre a criticar. Tipo, wtf? lol
:)
my_little_bedroom,
os Tokio Hotel são de facto um bom exemplo. Que inveja do ingleses por não saberem que eles existem...eh...eh...
Azelpds,
esse comentário no blog da Radar é um bom exemplo da metalidade pobre e tacanha de muitos Indie(otas) que por aí andam.
Mas eu não dou importância aos comentários dessas bestas ressabiadas. Há pessoas que usam a música para batalhas de ego estéreis que a mim não interessam nada...
Adiante.
Tocas em alguns pontos pertinentes no teu comentário. É verdade tudo o que escreves.
É triste e lamentável que muitas pessoas confudam o nosso prazer em divulgar e partilhar música (ainda por cima sem recebermos nada em troca...) como uma mera exibição de superioridade "culural" ou, pior ainda, como se o fizessemos para alimentar o ego. Que absurdo! Essas pessoas, devem julgar-nos por aquilo que são...
Em relação à minha actividade como (pseudo) DJ, é curioso o seguinte: seria tão mais fácil chegar ao Incógnito e passar aqueles temas que sabemos que todos gostam e que se ouvem em todo o lado. Seria tão mais fácil. É verdade que sim. Mas não me daria pica nenhuma. Não gosto de jogar pelo seguro. Jamais perderia uma noite de 6ª feira para ir passar os mesmos temas que se ouvem em todo o lado. Acho mais interessante desafiar as pessoas, a sua paciência, muitas vezes os seus próprios limites de tolerância. No entano, se naquela noite, nem que seja uma pessoa apenas, ficar a conhecer e a gostar de um tema que antes não conhecia, pode dizer-se que ganhei a noite. E é isso que me continua a dar pica. Essa é a talvez a principal razão porque ainda meto música. Não para beber uns copos borla, conhecer umas miúdas giras, obter qualquer tipo de "estatuto" ou, muito menos, para ganhar a vida.
Abraços.
ya, a cena do pseudo dj lol, porque ya, não me considero dj também (isso para mim é mais uma certa onda ligada à electrónica). Vou trocando uns discos. :p
Mas a cena é mesmo essa, o pessoal critica critica, mas na hora faz igual ao que criticam e vão pela via mais fácil. E depois se outros tentam remar contra a maré ou tentam fazer algo "diferente" são elitistas e afins. Irónico no mínimo.
Podem dizer ya, mas as pessoas na casa divertiram-se e isso é que interessa. O que por um lado sim, mas por outro é continuar-se na veia redutora e mentalidade do só acreditarmos que certas coisas é que funcionam e não se muda nada. E ya, isso também não me dá pica nenhuma, ou a minha cena não fosse centrada na subversão do que podes ouvir, como, e onde. :)
Mas porque é as pessoas só irão curtir x e não irão curtir y? Porque não conhecem?
Atão, hmm, passam a conhecer?
Por mim, de cada vez que me vêm perguntar algo que esteja a passar dá-me sempre um sorriso também, porque é um sinal que despertaste algo na pessoa, o que pode acontecer tanto com algo recente como quando vamos buscar aquelas bandas que o pessoal não liga, ou só conhece os singles, ou torce o nariz a ouvir o nome, como certas músicas de U2 como já pudeste sentir na pele nas vossas sessões. :p
Também pode ser bom para te rires com alguns preconceitos, como uma vez em que passei uma cena que um pessoal tava a curtir, passo de seguida uma de INXS, essas mesmas pessoas continuam a curtir e no final da faixa perguntaram-me o que era. *INXS* digo eu, e o rapaz ao ouvir o nome "ah fdx, INXS não curto pa". Só rir lol.
:)
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