Tendo em conta a quantidade de vezes que aqui falei dos MUTE MATH, penso que já deve ter dado para perceber que simpatizo bastante com esta banda natural de New Orleans. É verdade, gosto destes tipos. Dentro do género, acho-os fantásticos - tanto em disco como ao vivo - e intriga-me que, por cá, (quase) ninguém lhes passe cartão. Não me surpreende, mas intriga-me. Até porque não tenho dúvidas que o "power-rock" melódico e orelhudo do quarteto norte-americano encaixaria na perfeição nas "playlists" surdas e autistas de algumas das "rádios- rock" cá do burgo. Mesmo naquelas que passam 20 vezes por dia as baladinhas insonsas e peganhosas dos Velosos, das Mafaldinhas, dos Gonzos e dos seus dispensáveis clones. Por outro lado, se calhar, é melhor assim, que apenas alguns de nós estejam atentos ao que fazem os Mute Math. Admito que ficaria um pouco incomodado se uma banda deste calibre, de repente, se visse absorvida pelo mesmo tipo de "hype" balofo e insuflado de que são alvo, por exemplo, os Vampire Weekend e outras imitações rascas dos Talking Heads que por ai andam. Felizmente, não é o caso. A história ensinou-nos que os "hypes" exagerados, regra geral, têm efeitos perversos e acabam por prejudicar as bandas. Veja-se o que aconteceu aos Clap Your Hands Say Yeah. Mas...ainda alguém lhes liga?
O motivo que me faz trazer de novo os MUTE MATH a este Planeta prende-se com a recente edição do primeiro DVD ao vivo do grupo. "FLESH AND BONES: ELECTRIC FUN" encontra-se disponível nos Estados Unidos desde o início de Fevereiro. Podem encomendá-lo aqui. Uma versão áudio deste DVD pode também ser adquirida na loja iTunes. Em baixo, fica um pequeno aperitivo daquilo que nos reserva o registo:
O motivo que me faz trazer de novo os MUTE MATH a este Planeta prende-se com a recente edição do primeiro DVD ao vivo do grupo. "FLESH AND BONES: ELECTRIC FUN" encontra-se disponível nos Estados Unidos desde o início de Fevereiro. Podem encomendá-lo aqui. Uma versão áudio deste DVD pode também ser adquirida na loja iTunes. Em baixo, fica um pequeno aperitivo daquilo que nos reserva o registo:
3 comments:
Olá astronauta,os Mutemath aqui no norte não passam ao lado,pelo menos eu uso regularmente a pérola "Noticed" nos meus sets.Curiosamente foste tu que mos deste a conhecer,desde então não me cansei deles.Relativamente aos vampire weekend,concordo plenamente contigo,não percebo como há tanta gente a gostar de um produto tão banal e de consumo fácil.Atravessamos uma era de quantidade,o que não significa necessariamente qualidade..muita boa gente não entendeu isso ainda...Tudo de bom aqui do norte!
Caro amigo, tem calma pá! não te esqueças que os Contra-Hype são tão graves como o Hype em si!Coitadas das bandas...não achas? elas nem têm a culpa coitadas...só querem é fazer música (acho eu)...paz e amor entre os povos!
Beijinhos
Caro anónimo(a),a beleza da música são as sensações que esta transmite,os pontos altos são as suas intensidades.Geralmente,quem toca por feeling está tão entranhado na sua própria criatividade que não se deixa levar nem por rótulos,nem por preciosismos fáceis...a música sempre foi saudável,a produção e gestão é que caminha cada vez mais para o lado errado.Atenta no video que está disponivel neste blog dos mutemath,perde tempo a ver a maneira como sentem cada contratempo que tocam despreocupadamente,e acho que obténs a tua resposta na diferença (enorme)entre os "coitados" que só querem tocar (ou serem reconhecidos na rua)e os bons.Correndo o risco de ser prepotente,não custa nada fazer com que as pessoas em vez de ouvirem uma banda de uma maneira geral,também saibam apreciar individualmente aquilo que cada músico está a "transportar" cá para fora...(Conselho de alguém que é músico há 16 anos)A Acuidade musical também se ganha e desperta os sentidos,ou não fosse a música um bom veículo para despertar os restantes.De qualquer maneira quem argumenta musicalmente,tem sempre um bichinho musical dentro de si...mais saudável que isso...Abraço!
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