Este é o vídeo de "SUBURBIA", o segundo single extraído de "NEANDERTHAL", o magnifico novo álbum dos dinamarqueses SPLEEN UNITED, uma das bandas escandinavas preferidas desta casa. Infelizmente, um disco a que poucos melómanos nacionais se deram ao trabalho de escutar. É curioso como continuamos a ser um país que desconfia das electrónicas, em particular daquelas de maior apelo pop. Apesar dos avanços registados nos últimos anos e do sucesso e popularidade de bandas como os Depeche Mode, New Order, Daft Punk, Chemical Brothers e outros, neste país, a maioria do público melómano ainda continua a olhar para este género com os mesmos preconceitos ridículos e mesquinhos de há vinte e tal anos atrás. Haja paciência...
4 comments:
Muito bom mesmo.
Thanks por partilhares.
um dos albuns do ano (so far). também lamento não terem mais visibilidade por cá. será "66" o próximo single? hope so...
best wishes,
boxfrenzy
Embora não me considere um melómano, não deixei de sentir a ira do post sobre aqueles que continuam a rejeitar a musica electronica.
Como a idade vai trazendo tolerancia, escutei este tema dos Neandarthal e até recuei no tempo indo escutar "Suburbia" dos Pet Shop Boys. Infelizmente (ou não) este estilo de musica continua a não me seduzir. Ainda que guarde alguns destes temas na memória, sei que não me seduzem, não me transportam para aquele estado em que fico deleitado a ouvir musica.
Por isso, ainda que admita escutá-los com algum preconceito, não me parece correcto chamá-los de mesquinhos e ridiculos. São gostos... e gostos "sentem-se"!
Um abraço
Olá Rui,
obrigado pelo comentário, mas penso que fui mal interpretado.
Repara, eu compreendo perfeitamente quem não se sente tocado pela música de raiz electrónica, da mesma forma que eu não me sinto tocado, por exemplo, pelo "heavy-metal", que é um género que, no geral, abomino.
O que não me impede de gostar de algumas coisas de bandas conotadas com o género, como é o caso dos Metallica, Van Halen, Led Zepplin, Deftones, ZZ Top, Guns'n'Roses e até Linkin Park. Não costumo ouvir esse género de música, não tenho nenhum disco dessas bandas em casa, mas reconheço que são boas no que fazem. Pelo que seria um perfeito disparate cair no preconceito fácil de afirmar que todo o "heavy-metal" não passa de barulho feito por uma cambada de grunhos. Seria um perfeito disparate e uma prova de ignorância extrema. A mesma ignorância que detecto quando, por exemplo, ouço dizer que "o hip-hop não é música. Gajos a brincar com pratos de gira-discos, enquanto outro junta meia dúzia de palavras sem nexo, não pode ser considerado música...blá...blá...blá". Ora, são este tipo de preconceitos que me irritam. Primeiro porque são preconceitos que denotam, desde logo, e à partida, uma enorme ignorância de quem não sabe minimamente o que diz e reduz o seu discurso a uma série de chavões absurdos e desajustados da realidade. Quem conhece e percebe minimamente de hip-hop sabe que não é assim. Agora, há bom e mau hip-hop (ui, se há...), como há bom e mau rock e boa e má música electrónica (Depeche Mode vs Tiesto).
Ninguém, mas ninguém mesmo, me convence que os Radiohead ou os Portishead são mais sérios e honestos no que fazem do que, por exemplo, uns Pet Shop Boys (aproveito a tua dica!) ou uns Depeche Mode. Nem pensar. E quem acreditar no contrário, anda a enganar-se. Cada uma dessas bandas apenas tem formas diferentes de exprimir a sua arte. E cada um de nós identifica-se mais ou menos com uma ou outra forma de expressão. Tudo depende do que cada um de nós pretende da música. Se me quero divertir, acredita que não vou ouvir os Radiohead ou o último álbum dos Portishead (que, por acaso, ainda só tive pachorra para escutar 3 ou 4 vezes. Aquilo está muito bem feito, mas maça-me...). Por outro lado, quando me sinto mais melancólico ou introspectivo, não me apetece colocar os Pet Shop Boys ou os Simian Mobile Disco aos berros. Há música para todas as ocasiões, para todos os gostos, por isso não faz sentido ouvir música com preconceitos. Eu nem o Rui Veloso ouço com preconceito. E olha que não suporto a música do tipo. No entanto, se um dia gostar de alguma das suas canções, não terei nenhum problema em o assumir. Quando ouço música, não ligo ao género nem ao que estou a ouvir. Aquilo ou me bate ou não. Ou mexe comigo ou não mexe. Ou me emociona e me faz vibrar...ou não.
Claro que há géneros que aprecio mais do que outros (basta reparar nas bandas que por aqui passam...), e outros que não me interessam nem um pouco (como o transe ou o heavy-metal, por exemplo), porém tenho por hábito ouvir primeiro e decidir depois.
O único género musical que não consigo tolerar é mesmo a "música pimba". Ainda assim, sou capaz de me divertir mais a ouvir o Emanuel que os Iron Maiden...eh...eh...não tenhas dúvidas.
Abraços
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