Como se esperava, "NO LINE ON THE HORIZON" está a dividir opiniões. O que não surpreende, pois não me recordo de nenhum disco dos U2 que tenha sido recebido com unanimidade. Nem mesmo "Achtung Baby". Eu próprio, tenho sentimentos contraditórios em relação a este novo álbum de uma das minhas bandas de eleição. Por um lado, não escondo que este não é o disco que eu gostaria que os U2 fizessem nesta fase da sua carreira. Depois dos "conservadores" e maçudos "All That You Can't Leave Behind" (2000) e "How To Dismantle An Atomic Bomb" (2004), esperava algo mais arrojado, destemido e ambicioso. Um disco com mais garra, mais nervo e mais aberto a novas sonoridades (e não, não estou a sugerir que devam trabalhar com o Timbaland). Em suma, um disco que voltasse a fazer dos U2 uma banda artisticamente relevante.
Por outro lado, não posso dizer que "NO LINE ON THE HORIZON" me tenha desiludido. Não desiludiu. Na verdade, este é mesmo o melhor disco editado pelos irlandeses na última década. E o que verdadeiramente distingue este disco dos seus dois antecessores, são as canções. Canções como "Magnificent", "No Line On The Horizon", "Moment Of Surrender", "Unknown Caller", "Get On Your Boots", "Fez-Being Born" e "Cedars Of Lebanon". Este é, seguramente, o melhor conjunto de canções que Bono e companhia gravaram nos últimos anos. Algumas delas nem são de digestão imediata. Não há neste álbum nenhum "hino de estádio" ao nível de um "Elevation", um "Walk On" ou um "Beautiful Day". "No Line On The Horizon" é um disco de texturas e ambientes elaborados, paisagens densas e melodias grandiosas. É um disco que exige tempo e atenção aos detalhes.
Por outro lado, não posso dizer que "NO LINE ON THE HORIZON" me tenha desiludido. Não desiludiu. Na verdade, este é mesmo o melhor disco editado pelos irlandeses na última década. E o que verdadeiramente distingue este disco dos seus dois antecessores, são as canções. Canções como "Magnificent", "No Line On The Horizon", "Moment Of Surrender", "Unknown Caller", "Get On Your Boots", "Fez-Being Born" e "Cedars Of Lebanon". Este é, seguramente, o melhor conjunto de canções que Bono e companhia gravaram nos últimos anos. Algumas delas nem são de digestão imediata. Não há neste álbum nenhum "hino de estádio" ao nível de um "Elevation", um "Walk On" ou um "Beautiful Day". "No Line On The Horizon" é um disco de texturas e ambientes elaborados, paisagens densas e melodias grandiosas. É um disco que exige tempo e atenção aos detalhes.
Embora este não seja (ainda) o disco de ruptura que muitos fãs desejavam, fica a ideia que a banda se esforçou para não repetir a fórmula estafada que "afundou" os dois registos anteriores. Honra lhes seja feita.
"No Line On The Horizon" não é a obra-prima que alguns proclamam. Mas também está longe de ser o descalabro que alguns "tótós-indie" gostariam que fosse. É "apenas" (mais) um disco competente e honesto de uma banda que já provou tudo o que tinha para provar. Mas que, ainda assim, está uns bons furos acima de qualquer coisa que a "pseudo-concorrência" (leia-se Coldplay e afins) tenha editado nos últimos tempos...
Para assinalar a edição de "No Line On The Horizon", os U2 vão estar toda a semana no programa LATE SHOW WITH DAVID LETTERMAN, da CBS. Ontem à noite interpretaram o tema "MAGNIFICENT". Eis o vídeo da actuação:
3 comments:
o que mais detesto no disco é a porcaria destas novas caixas plasticos que as editoras agora usam, que tornam o artwork (sobretudo o backcover/inlay) uma verdadeira treta.
sabem certamente do que estou a falar. disto: http://i.ebayimg.com/15/!BN)sveQ!2k~$(KGrHgoOKkYEjlLmbku,BJr((MFG(!~~_1.JPG
a nivel sonoro, ainda estou a digerir o disco, de qualquer forma, rompe com previsivel dos ultimos 2 discos
Penso que o problema dos U2 é um problema recorrente na historia da arte, e não só no mundo da musica. A constante afirmação - negação do que se é, sob pena de se ter que ouvir de todos os lados por ter cão ou não ter. Com excepção dos herois miticos (inserir referência a artista que tenha morrido antes de atingir o seu zenith artistico) que nos foram deixando antes do tempo, penso que este é um drama que atinge todos os criadores. Se quisermos, é a versão da crise da meia idade no mundo artistico. O estar preso entre a rotina e o romper com o que fez de cada um de nós, o que somos.
Realmente este novo album do U2 esta superando as espectativas,nenhuma musica de se surpreender a principio,mas canções que ao ouvirmos varias vezes,nos passarão mensagens e ficarão marcadas de uma forma ou de outra!!!
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