O Planeta Pop regressa a "SOUNDS OF THE UNIVERSE", o novo álbum dos DEPECHE MODE, desta vez para conhecermos a versão de estúdio de "WRONG", o single que apresenta o disco. Interessante esta versão "mais despida", embora prefira a rudeza electro-dark do original. Feitas as contas, "WRONG" é mesmo um dos momentos altos deste novo trabalho do trio de Basildon. O disco está a dividir as opiniões dos fãs. Nada de novo nesse capítulo. Desde "Songs Of Faith And Devotion", de 1993, que o grupo não edita um álbum consensual. Porque seria diferente desta vez?
Depois de ter passado a última semana a viver com a canções de "Sounds Of The Universe", tenho uma opinião mais formada sobre o disco. 1ª evidência: não estamos perante um novo "Violator". Na verdade, este disco está mesmo uns furos abaixo de qualquer álbum editado pelo grupo depois de 1993 ("Ultra", "Exciter" e "Playing The Angel"). 2ª evidência: o disco é melhor do que as primeiras audições sugerem. Portanto, insistam. 3ª evidência: os Depeche Mode continuam a soar a Depeche Mode. Em particular, aos Depeche Mode dos anos 90.
A minha primeira reacção a "Sounds Of The Universe" não foi positiva, mas também não se pode dizer que tenha sido negativa. Simplesmente, esperava mais e melhor (como sempre espero de qualquer disco dos Depeche Mode). Tudo me soou demasiado familiar, mole, previsível e sem chama. Para além do já conhecido (e bombástico) "Wrong", não houve nenhum tema que se tenha instalado de imediato nos meus ouvidos. O ponto de viragem deu-se quando o disco saltou do meu iPod para a aparelhagem cá de casa. Este é, sem dúvida, um daqueles discos que devem ser escutados bem alto, de preferência, num bom sistema de som. Foi nesse momento que algumas canções ganharam dimensão e revelaram todo o seu esplendor. Refiro-me, em particular, a temas como "In Sympathy", "Fragile Tension", "Peace", "In Chains" e "Come Back". Qualquer uma delas está ao nível do melhor que a banda gravou na última década (bem, o "Home" está noutro patamar de excelência, mas isso é outra conversa...). O problema são as restantes composições. Todas elas dariam óptimos lados-B (algo que os Depeche Mode sempre tiveram), mas não me parecem suficientemente boas para merecerem figurar no alinhamento final de um disco dos Depeche Mode. Há melhor nos álbuns a solo de Dave Gahan.
A minha primeira reacção a "Sounds Of The Universe" não foi positiva, mas também não se pode dizer que tenha sido negativa. Simplesmente, esperava mais e melhor (como sempre espero de qualquer disco dos Depeche Mode). Tudo me soou demasiado familiar, mole, previsível e sem chama. Para além do já conhecido (e bombástico) "Wrong", não houve nenhum tema que se tenha instalado de imediato nos meus ouvidos. O ponto de viragem deu-se quando o disco saltou do meu iPod para a aparelhagem cá de casa. Este é, sem dúvida, um daqueles discos que devem ser escutados bem alto, de preferência, num bom sistema de som. Foi nesse momento que algumas canções ganharam dimensão e revelaram todo o seu esplendor. Refiro-me, em particular, a temas como "In Sympathy", "Fragile Tension", "Peace", "In Chains" e "Come Back". Qualquer uma delas está ao nível do melhor que a banda gravou na última década (bem, o "Home" está noutro patamar de excelência, mas isso é outra conversa...). O problema são as restantes composições. Todas elas dariam óptimos lados-B (algo que os Depeche Mode sempre tiveram), mas não me parecem suficientemente boas para merecerem figurar no alinhamento final de um disco dos Depeche Mode. Há melhor nos álbuns a solo de Dave Gahan.
Em "Sounds Of The Universe" o som do grupo está mais polido e adocicado, menos rugoso e denso. Fica-se com a ideia de que a banda viu em "Precious" - o primeiro single do anterior "Playing The Angel" - uma espécie de modelo para este novo disco. As excepções são "Wrong" e "Hole To The Feed". Faltam as filigranas electrónicas injectadas, noutros tempos, por Alan Wilder. Por vezes, parecem também faltar (novas) soluções sonoras para moldar as canções que saem da pena de Martin Gore. O som da banda cristalizou, não evoluiu, está cada vez mais uniforme e menos elástico. Os Depeche Mode parecem ter perdido a capacidade de reinvenção de outras épocas. E esse é outro dos grandes "pecados" de "Sounds Of The Universe": falta-lhe ambição.
Uma última referência para as vocalizações de Dave Gahan, que salvarm algumas canções do naufrágio.
Enfim, é esta a minha opinião sobre este novo capítulo da carreira dos "meus" Depeche Mode...neste momento. Se tivesse de dar-lhe uma nota, seria um generoso 7/10.
Enfim, é esta a minha opinião sobre este novo capítulo da carreira dos "meus" Depeche Mode...neste momento. Se tivesse de dar-lhe uma nota, seria um generoso 7/10.
1 comment:
Como seguidor da banda durante longos anos, concordo com tudo que disseste. As músicas podiam bem fazer parte de um disco de lados B do “Playing the Angel”. Faltou um pouco de mais inspiração que estávamos habituados. Mas como referiste, continuam a soar a Depeche Mode, que já não é mau. ;)
Abraço
Post a Comment