Vídeo | U2 "I'LL GO CRAZY IF I DON'T GO CRAZY TONIGHT"

...agora com imagens ao vivo captadas no concerto de abertura da "360º TOUR", no Nou Camp, em Barcelona.

De facto, este novo palco é extraordinário. Um pouco megalómano (estamos a falar dos U2, certo?), é verdade, mas ainda assim extraordinário. No entanto, não posso deixar de questionar: será que os U2 precisam mesmo de toda esta parafernália cada vez que partem em digressão? A música do grupo não sobreviria sem todo este "ruído visual"? Claro que sim. Nas digressões "ZooTV", "Zooropa" e "PopMart" havia todo um conceito visual, cénico e quase filosófico a suportar as actuações da banda. Neste caso, aquilo que temos é apenas um palco vistoso, gigantesco e caro (custou cerca de 40 milhões de dólares), concebido, essencialmente, para ficar bonito no DVD da digressão.
Eu sei os U2 de hoje não são (nem voltarão a ser) os U2 de há 20 anos, mas admito que tenho saudades da "simplicidade" das actuações da banda durante a década de 80, quando a força da sua música não precisava de quaisquer "adornos visuais". Reparem, nada tenho contra "adornos visuais". Basta olhar para os meus artistas preferidos. Todas eles - Duran Duran, Depeche Mode, David Bowie, Roxy Music, Sex Pistols, The Human League... - assumiram, desde sempre, uma forte identidade visual e estética, quer em disco, como em vídeo ou em palco. Porém, nessa matéria, sempre vi os U2 como uma banda à parte. Sempre achei que a música dos irlandeses não precisava desse tipo de suporte. Pelos vistos, agora precisa. É uma opção, tão legitima como qualquer outra. Os tempos são outros. No entanto, preferia os espectáculos dos U2 de há 25 anos atrás. O que faltava em tecnologia, palcos espalhafatosos, ecrãs gigantes e roupas de marca, sobrava em atitude, energia, entrega e...maus penteados. Ora, espreitem: