O documentário "SYNTH BRITANNIA", que estreou no dia 16 de Outubro na BBC4, encontra-se disponível no "tubo". Não de forma legal, presumo. Portanto, antes que a BBC descubra e ordene a retirada dos vídeos do YouTube, sugiro que aproveitem a oportunidade para (re)ver este fantástico programa sobre os nomes pioneiros da pop electrónica, produzido e realizado por Leanne Williams. O documentário tem cerca de 90 minutos de duração e inclui entrevistas com Wolfgang Flur, dos Kraftwerk, Simon Reynolds, The Human League, OMD, Yazoo, Heaven 17, Gary Numan, Daniel Miller, Cabaret Voltaire, Pet Shop Boys, Soft Cell, New Order e Depeche Mode.
Meus amigos, esta é a música que me corre no sangue. Gosto muito de "guitarradas" (venero os Clash, os U2, os Bauhaus, os Talking Heads, os R.e.m., os B-52's, os Blondie e todos os outros...), mas esta é a música que me fez gostar de...música. Foram estes os sons que me moldaram enquanto ouvinte e melómano.
E sabem que mais? 99% dos "electro-poppers" que por aí andam a dar uso às ideias que estes tipos inventaram há 30 anos (e ainda bem que o fazem, pois prefiro uns novos Ladytron a uns novos Oasis...) podem soar mais polidos, bem produzidos e "modernaços", mas não chegam sequer aos calcanhares desta gente que, de facto, criou algo novo e excitante, que desafiou todas as convenções e estereótipos do rock'n'roll. Vénia lhes seja feita!
Nota | Reuni as 9 partes do programa numa única "playlist" para proporcionar uma experiência de visionamento semelhante à que teriam em frente a um ecrã de televisão. Assim, basta carregar no "play", fazer "full screen", encostar na cadeira e aproveitar...
7 comments:
excelente!excelente! excelente!
há vários pontos interessantes no documentario, por vezes meras frases, como por exemplo quando os Depeche Mode confessam que iam de comboio para o Top of the Pops.
para espanto do entrevistador,
mas melhor ainda quando, já mesmo no final Andy McCluskey fala sobre o regresso das guitarras e o arrumar dos sintetizadores. Com isso apareceram os Oasis: "HORROR!"
Simplesmente genial e ao mesmo tempo hilariante!
Já tive o previlégio de ver o documentário na minha sala :) Graças à tua referência num post anterior.
Foi bastante interessante porque nunca tinha tentado colocar qualquer organização na cronologia da evolução da música electrónica. Agora certas coisas fazem bastante mais sentido.
Sabia que ias gostar, Soares.
este documentário é um marco para quem cresceu e viveu com esta música. Todos os nomes importantes são citados, está bem contextualizado, bem filmado...enfim, televisão á séria.
É verdade, custa imaginar os DM irem de comboio para o TOTP...
Já o Andy McCluskey, não tem papas na língua. Gosto disso.
Devia ser mostrado nas escolas, a porra deste documentário.
Abaços
Olá Rui,
fizeste muito bem em ter visto este documentário na sala, numa televisão a sério, que é onde ele merece ser visto (não desfazendo a superior qualidade de imagem do meu iMac...).
Sim, como disse ao Soares, o documentário está muito bem contextualizado e explica tudo muito bem explicadinho. É um belo pedaço de televisão. A RTP2 devia ser obrigada a passar isto, mas a eles interessa-lhes é passar as séries norte-americanas pagas a peso de ouro (com o nosso dinheiro) e que deviam estar a passar em horário nobre no Canal 1. Mas isso são outras conversas.
Abraços
Também já vi Prog Britannia e o Krautrock e no fundo, depois de ver os 3, estão todos ligados e percebe-se a evolução que houve no fim das décadas de 60, 70 e depois inícios de 80. excelentes trabalhos.
deviam era ser mostrados cá, a todos quantos querem ser jornalistas musicais. aquilo sim é jornalismo!
Penso que foi no Jornal Blitz (90 e tal ou mais tarde) que apareceu uma entrevista aos OMD em que falaram dum encontro que tinham tido com os Kraftwerk e que eles só estavam interessados em Liverpool e nos Beatles. Em muitos casos o que ouvem (mesmo diferente) é depois usado no som que se faz.
Só agora deu para me encostar na cadeira, mas está a merecer defenitivamente a pena, é delicioso ver os protagonistas a recordarem velhos tempos.
um abraço
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