Vivemos tempos vertiginosos. Mesmo na forma como consumimos música. Em especial na forma como consumimos música. A oferta é tanta, que não é fácil deter-mo-nos muito tempo num disco. Porque amanhã já há mais 4 ou 5 que temos que escutar. Nesta época de abundância, só os melhores sobrevivem. Não há tempo a perder com a mediocridade. Se não se gosta, passa-se à frente.
Esta nova realidade acaba também por ser muito ingrata para os artistas, uma vez que um deslize pode deitar tudo a perder. Muitas vezes, basta um disco menos conseguido para que as atenções se desviem, de imediato, para outros azimutes. De repente, o hype morre. No caso dos escoceses GLASVEGAS, talvez tenha morrido cedo demais.
Depois de um primeiro disco convincente, que conquistou crítica e público (chegou aos primeiros lugares do top britânico), o segundo "Euphoric /// Heartbreak" falhou em igualar o impacto do seu antecessor (apesar do excelente single "The World Is Yours" e do 9/10 atribuído pelo NME). A sonoridade mais polida, os refrões ambiciosos e o tom demasiado pretensioso de algumas canções, afugentaram alguns seguidores. Que a banda espera recuperar com o novo "LATER...WHEN THE TV TURNS TO STATIC", a editar em Setembro. "I'D RATHER BE DEAD (THAN BE WITH YOU)" é o segundo tema a servir de apresentação ao registo. Mais contido e intimista que o anterior "IF", mas também muito mais bonito e intenso. Gostei. Fica o vídeo.
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